Iniciamos com uma partilha do EsquiloScans
onde podemos encontrar uma aventura
de Patinhas desenhada por Tony Strobl!
Obrigado ao ES por esta revista de 1982
e ao Appie pelo excelente restauro!
Excelentes estas capas com gradientes antigas - pareciam feitos à mão e eram bastante melhores do que as tretas em photoshop de hoje (não por causa do software, mas de quem o usa)
Algumas das recentes capas da Abril #1 já têm gradientes digitais de jeito. O problema acho era que muito do pessoal que sabia mecher no photoshop não sabia era de teoria de cores e arte, só de carregar butões e filtros.
Tenho uma lembrança muito especial desta revista, pois foi a minha primeira Tio Patinhas. Estórias muito boas! Duas aventuras em que os patos vão a terras habitadas por povos primitivos. A Ilha dos Cabeçudos, que fecha a edição, é inesquecível, e o Donald reage de forma muito engraçada a todas as situações! Boa demais essa época das revistas Disney!
Sempre tive uma predileção especial pelas histórias de aventuras que Tio Patinhas e sobrinhos viviam nas mais remotas regiões do planeta (e em outros mundos também!), pois me faziam "viajar" em imaginação e em espírito a esses lugares, provocando um efeito parecido com aquele proporcionado pela leitura de algum clássico de Júlio Verne (20.000 Léguas Submarinas, 5 semanas em balão, A Ilha Misteriosa, A Volta ao Mundo em 80 Dias, Da Terra à Lua, Viagem ao Centro da Terra etc.). Esse poder imaginativo criado pela leitura das histórias dos patos em busca de tesouros vem inspirando, inclusive, grandes gênios do Cinema e das Artes Plásticas. Steven Spielberg sempre admitiu francamente, sem qualquer preconceito, que seus filmes de aventuras, destacando-se a série Indiana Jones, foram virtualmente influenciados por Carl Barks e teria até mesmo feito uma visita ao Duckman em seu sítio na Califórnia antes que o grande mestre falecesse. No exemplo dessa história, fica explícito o clima exótico de mistério e fascínio a que o enredo nos leva através da viagem dos patos a uma região isolada do mundo, povoada de "selvagens" e repleta de mitos e crendices. Interessante também é a maneira como os nativos são representados, normalmente de forma caricatural, ora vistos como ignorantes e violentos, ora como ingênuos e festivos, talvez retomando o tema do "Bom Selvagem" de Rousseau. Essa maneira estereotipada de os artistas representarem os nativos de ilhas e áreas mais remotas da Terra provocou ácidas críticas por parte de Ariel Dorfman e Armand Matellart, dois sociólogos chilenos, em seu livro "Para Ler o Pato Donald", que enxergam nessa postura de Patinhas e sobrinhos o reflexo do imperialismo colonialista norte-americano e a imposição de sua ideologia capitalista, neoliberal e globalizante. Sem entrar no mérito dessa discussão - que não é o foco desse blog nem de nós que o frequentamos -, essa revista do Tio é simplesmente mais uma bela iguaria servida no rico cardápio desses exuberantes quitutes aqui presentes. Abraços e obrigado ao EsquiloScans, ao Appie e ao Miguel por mais esta obra!
Amig@s, apesar do precioso apoio que o blog tem recebido no restauro de scans, a verdade é que continua a ser necessária ajuda! Se tiver experiência em Photoshop (ou outro programa de edição de imagens) e se tiver disponibilidade para alguns restauros, por favor entre em contato através do nosso email. Se não tiver experiência em restauros pode obter muitas dicas no excelente blog do Nick: http://restaurosdonick.blogspot.com.br
Muito obrigado!
A História da capa é exclusiva dessa edição.
ResponderEliminarValeu Appie!
Excelentes estas capas com gradientes antigas - pareciam feitos à mão e eram bastante melhores do que as tretas em photoshop de hoje (não por causa do software, mas de quem o usa)
ResponderEliminarAlgumas das recentes capas da Abril #1 já têm gradientes digitais de jeito. O problema acho era que muito do pessoal que sabia mecher no photoshop não sabia era de teoria de cores e arte, só de carregar butões e filtros.
Tenho uma lembrança muito especial desta revista, pois foi a minha primeira Tio Patinhas. Estórias muito boas! Duas aventuras em que os patos vão a terras habitadas por povos primitivos. A Ilha dos Cabeçudos, que fecha a edição, é inesquecível, e o Donald reage de forma muito engraçada a todas as situações! Boa demais essa época das revistas Disney!
ResponderEliminarSempre tive curiosidade em saber como era esta história, finalmente vou poder lê-la. Obrigado, ES e Appie.
ResponderEliminarSempre tive uma predileção especial pelas histórias de aventuras que Tio Patinhas e sobrinhos viviam nas mais remotas regiões do planeta (e em outros mundos também!), pois me faziam "viajar" em imaginação e em espírito a esses lugares, provocando um efeito parecido com aquele proporcionado pela leitura de algum clássico de Júlio Verne (20.000 Léguas Submarinas, 5 semanas em balão, A Ilha Misteriosa, A Volta ao Mundo em 80 Dias, Da Terra à Lua, Viagem ao Centro da Terra etc.). Esse poder imaginativo criado pela leitura das histórias dos patos em busca de tesouros vem inspirando, inclusive, grandes gênios do Cinema e das Artes Plásticas. Steven Spielberg sempre admitiu francamente, sem qualquer preconceito, que seus filmes de aventuras, destacando-se a série Indiana Jones, foram virtualmente influenciados por Carl Barks e teria até mesmo feito uma visita ao Duckman em seu sítio na Califórnia antes que o grande mestre falecesse. No exemplo dessa história, fica explícito o clima exótico de mistério e fascínio a que o enredo nos leva através da viagem dos patos a uma região isolada do mundo, povoada de "selvagens" e repleta de mitos e crendices. Interessante também é a maneira como os nativos são representados, normalmente de forma caricatural, ora vistos como ignorantes e violentos, ora como ingênuos e festivos, talvez retomando o tema do "Bom Selvagem" de Rousseau. Essa maneira estereotipada de os artistas representarem os nativos de ilhas e áreas mais remotas da Terra provocou ácidas críticas por parte de Ariel Dorfman e Armand Matellart, dois sociólogos chilenos, em seu livro "Para Ler o Pato Donald", que enxergam nessa postura de Patinhas e sobrinhos o reflexo do imperialismo colonialista norte-americano e a imposição de sua ideologia capitalista, neoliberal e globalizante. Sem entrar no mérito dessa discussão - que não é o foco desse blog nem de nós que o frequentamos -, essa revista do Tio é simplesmente mais uma bela iguaria servida no rico cardápio desses exuberantes quitutes aqui presentes. Abraços e obrigado ao EsquiloScans, ao Appie e ao Miguel por mais esta obra!
ResponderEliminarValeu Appie. Essa é a melhor fase de TP pra mim.
ResponderEliminarEu já disse que amo vocês? rsrs
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