domingo, 6 de maio de 2012

Tio Patinhas 174

Nenhum livro deve ser julgado pela sua capa!
Mas por vezes há capas que não enganam
quanto à qualidade das histórias! "O Holandês Voador"
é (opinião) uma das mais brilhantes criações
de Mestre Barks! Desenhada em 1958, conta a
história da procura, por parte de Patinhas e
Sobrinhos, deste mítico navio...fantasma!
Um agradecimento ao EsquiloScans por
proporcionar ao blog esta revista!
Boa semana ;)



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Scan: EsquiloScans
Tratamento de Imagens: Quadradinhos Patópolis

22 comentários :

  1. Cada revista do Tio Patinhas que aparece por aqui é uma contribuição preciosa pra aumentarmos nossa coleção! Que continuemos assim! São estórias de aventura para se guardar para sempre, com as mais diversas situações, que estimularam em muito a minha imaginação quando criança! Temos muito o que agradecer graças ao Esquilos e ao Miguel!

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  2. Anónimo6/5/12

    Ah! Que clássico. Lembro-me perfeitamente da 1ª vez que li esta história do mestre Barks e já lá vão...eh pá!Mais de 30 anos...

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  3. Bruno6/5/12

    Fantástica capa!
    Como sempre o domingo do QP com ótimas Postagems!

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  4. Carlos6/5/12

    Valeu Quadradinhos e Esquiloscans. Muito Obrigado por esse grande trabalho de manter vivos nossos tão amados personagens de infância!

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  5. Anónimo7/5/12

    Mais uma obra de arte!
    Obrigado pessoal!

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  6. Wesley7/5/12

    As histórias de naufrágios, desaparecimento de navios e misteriosas criaturas do mar sempre exerceram um fascínio sobre o imaginário popular. Presente em obras tão vastas como diversificadas na história da literatura, desde os Atos dos Apóstolos (que narra o naufrágio sofrido pelo Apóstolo Paulo quando era levado a Roma para ser julgado por Nero), passando pelo grande Luís de Camões em sua obra-prima Os Lusíadas, Daniel Defoe (Robinson Crusoé), Jonathan Swift (As Viagens de Gulliver), J. Conrad (Lord Jim) e boa parte das obras de Júlio Verne, o tema do mar despertou emoções e sentimentos os mais variados no público leitor, mas foi com as narrativas de horror de Edgar Alan Poe que o mar revelou seus aspectos mais tétricos e bizarros, em contos e histórias de desaparecimentos misteriosos de embarcações, de aparições fantasmagóricas e navios não tripulados guiados por forças misteriosas na solidão do abismo, nas noites mais tempestuosas e nas paragens mais remotas dos vastos oceanos. Carl Barks soube explorar com maestria essa vertente enigmática do grande e desconhecido mar, numa história que imerge o leitor num clima de mistério e arrebatamento de tirar o fôlego e que traz um final igualmente surpreendente e inesperado. O "Holandês-Voador" talvez fosse um reflexo do pensamento concreto e pragmático de Barks, que desmistifica certas crendices e superstições que estavam tomando conta do pensamento americano em meados do século XX, com relatos cada vez mais fantasiosos de supostas aparições de discos voadores no deserto da Califórnia (O Caso Roswell se tornou famoso nesta época), de pessoas supostamente capazes de entortar garfos (a farsa de Uri Geller) e os já lendários sumiços de navios e outras embarcações no conhecido "Triângulo das Bermudas", formado pelas costas de Miami e as ilhas de Barbados e Bermudas, delimitando uma área com grande incidência de naufrágios e desaparecimento de embarcações que mexeram com os ânimos e a imaginação das pessoas nas primeiras décadas do século passado.

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  7. Wesley7/5/12

    (Continuação ao comentário anterior):

    A crença na existência moderna de gigantescos monstros pré-históricos (como o Monstro do Lago Ness), ou de criaturas lendárias e folclóricas (o Pé Grande, lobisomens, seres extraterrestres, almas do outro mundo, o chupa-cabras) e também em abduções ajudaram a criar surtos coletivos de histeria e a criar muitas seitas como as de Jim Jones, que resultaram em finais trágicos, com suicídios em massa. Já na década de 70 Erick Von Däniken alimentaria essas expectativas jogando mais lenha na fogueira com seu livro "Eram os deuses astronautas?", dando ensejo à teoria da Pamspermia (para a qual a raça humana é fruto de experimentos extraterrestres) e desenvolvendo um tipo de literatura já existente e que encontraria terreno fértil na mente das pessoas acostumadas a esses relatos - a ficção científica e a literatura de horror, esta última tendo Stephen King como seu principal representante na época contemporânea. Voltando à ótima história de Barks, o "Holandês-Voador", temos uma série de aparições em alto-mar de um gigantesco navio desaparecido há muito tempo atrás nos mares do sul, que conduz Tio Patinhas e sobrinhos a uma aventura ao desconhecido. É óbvio que o motivo que leva o velho capitalista a empreender esforços e despesas com tal intento não é apenas a curiosidade de revelar o mistério, mas partir numa verdadeira caça ao tesouro, tendo em vista as barras de ouro da antiga embarcação de um mercador holandês. Numa aventura saborosa, cheia de perigos e peripécias, temos um final dígno da genialidade e criatividade de Barks, com uma explicação naturalista a um fato aparentemente de outro mundo e com um desfecho inusitado e cômico envolvendo nosso conhecido Pato Donald. Interessante que, em outra história de navio-fantasma envolvendo os cinco patos, publicada na revista Tio Patinhas número 68, intitulada "Os Estranhos Naufrágios" (acredito que de Barks!), temos em seu enredo as estranhas aparições de um suposto fantasma do falecido pirata Malatesta, o que não intimida o velho Patinhas a recrutar seus sobrinhos em busca do navio repleto de ouro. A história chega a um desfecho igualmente surpreendente, naturalista, mas desta vez envolvendo conhecidos inimigos do muquirana. O final é um dos mais hilários que já vi nessas histórias de aventuras do Tio Patinhas e sobrinhos, e parece que em embas as histórias ("O Holandês-Voador" e "Os Estranhos Naufrágios") Barks resgata um pouco das características cômicas e temperamentais do Donald, que quando vivencia suas histórias ao lado do Tio milionário, tem a sua personalidade apagada e vive à sombra dos sobrinhos ou ao mesmo nível que eles). Parabéns ao EsquiloScans e ao Miguel por esta grande postagem! Lembro-me que adquiri a versão impressa desta revista de forma "incidental", há muitos anos atrás, quando meu pai chegou com um punhado de livros e revistas antigos que havia ganho de um amigo em seu serviço, ao que ele me passou estas publicações, que incluia esse valioso "Tio Patinhas" número 174, que agora tenho o prazer de ver em sua versão digital graças ao trabalho primoroso que os prezados amigos fazem ao preservar tais revistas. Abraços e muito obrigado!

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  8. Wesley7/5/12

    Caros amigos, ainda sobre o fascínio que as histórias do mar provocam em nossas imaginações, devemos também nos lembrar que os dois maiores clássicos de terror já produzidos na história - o Drácula de Bram Stoker e Frankestein - tratam deste tema, sendo que o último - o Frankestein - inicia-se tendo como cenário o mar polar, numa perseguição implacável à horrenda criatura que saltita habilmente nos gelos do ártico fugindo de seus algozes. As narrativas de mistérios e sobre o mundo sobrenatural estava em moda na era vitoriana (século XIX), enquanto no século XX predominou a ficção científica alimentada, sobretudo, com o relato de prováveis decolagens de "discos voadores" e ovnis, além de possíveis abduções. Tais histórias provocavam surtos de histeria coletiva capazes de alvoroçar todo um país. Quem nunca ouviu falar do famoso programa de rádio transmitido pelo cineasta Orson Welles da obra "Guerra dos Mundos", de H.G.Wells, num primeiro de abril que entrou para a história, provocando pânico e desespero nos americanos, que acreditaram piamente que a Terra estava sendo invadida e dominada por seres alienígenas que queriam conquistar o mundo! Não deixa de ser genial a forma com que Carl Barks brinca com esses temas em suas histórias e, concordando com o Miguel, também considero o "Holandês-Voador" como uma das melhores criações do grande mestre. Abraços e obrigado ao Esquilo e ao Miguel por esta excelente edição.

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  9. Um factor de acrescido interesse ao visitar o QP são as intervenções do amigo Wesley, (se me permite a familiaridade)verdadeiras palestras escritas, que eu leio
    (e em que aprendo)sempre com muita atenção.

    Bem haja!

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    1. Wesley10/5/12

      Obrigado, amigo José. Fico muito feliz em saber que nossos comentários tenham boa acolhida entre os prezados amigos, de modo que eu também tenho aprendido muito sobre a arte das Bandas Desenhadas através desse notável e excelente blog, tanto no que se refere ao conteúdo (livros caprichosamente restaurados, escaneados e compartilhados) como também à interação e participação dos colegas, que ilustram e enriquecem este espaço. Abraços e é sempre um prazer colaborar!

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  10. Anónimo9/5/12

    Muito obrigado ao Esquiloscans e ao Quadradinhos Patópolis por nos proporcionarem mais esta obra de arte.
    Obrigado também ao Wesley por mais um dos seus magníficos comentários

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  11. Passo a citar com a devida vénia: "Caros amigos, ainda sobre o fascínio que as histórias do mar provocam em nossas imaginações...//" fim de citação//.
    Sou especialmente sensível à temática marítima, por razões familiares e eventualmente outras, mas o que é certo é que, se me querem ver regalado, é deixarem-me ver filmes e revistas( de preferência dos anos quarenta, os filmes) com navios mercantes,veleiros,petroleiros, com a acção a decorrer a bordo ou em portos de ar sinistro pois claro, em tavernas e bares portuários, tudo temperado com um bom nevoeiro como naquela fabulosa história de Barks, se não estou em erro, em que Patinhas e Sobrinhos partem de madrugada, de um porto verdadeiramente tétrico, em busca de um navio naufragado
    de nome Maru, que transportava um grande carregamento de
    pérolas.

    Fazem-me falta mais filmes e quadradinhos nestes cenários...

    Enfim...!Vai-se relendo e revendo.

    Boa noite amigos.

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    1. Wesley10/5/12

      Caro amigo José, concordo plenamente com sua ótima afirmação. Nas produções literárias e cinematográficas modernas, percebo também a ausência dessa enriquecedora temática - o mar - no universo de enredos e histórias que muito encantaram gerações anteriores pelo forte apelo de aventuras, peripécias e pelo acervo de mistérios e fantasia que, desde séculos, povoa a imaginação dos homens. Uma grande obra que merece ser lida é "Trabalhadores do Mar", do grande escritor francês Victor Hugo, que trata de forma magistral para com todos esses elementos - aventura, fascínio, admiração, segredos, romances -, envolvendo uma colossal luta entre a força e o engenho humano contra os elementos da natureza, o mar e suas águas possantes. Recomendo-lhe também os contos de Oscar Wilde, os poemas de Fernando Pessoa e a grande totalidade dos livros de Júlio Verne que, dentre outros encantadores cenários, figura o mar como um de seus preferidos na ambientação das cenas e personagens. No que se refere aos quadrinhos Disney, as histórias que me são inesquecíveis que têm o mar como protagonista são "O Segredo da Atlântida", publicada na revista Tio Patinhas número 72 e depois republicada em Disney Especial 103, cujo título, "Aventuras no Fundo do Mar" (me parece que este livro está a ser restaurado pelo Miguel, pois consta na lista de restauros, se não me engano!), inclui ainda grandes histórias tais como "20.000 Léguas Submarinas" (uma versão quadrinizada da famosa obra de Júlio Verne e que teve também sua versão no Cinema feita pela própria Disney, com atores humanos) e também "O Navio-Fantasma", esta última uma história notável com Mickey e Pateta numa ótima aventura em alto-mar, com todos os ingredientes aos quais vocês se referiu no comentário acima. Por fim, cabe-me observar que a paródia feita por Mickey e Pateta de 20000 Léguas Submarinas (publicada em Almanaque Disney número 190), em que a dupla vivencia a trama verneana como protagonistas, em minha opinião, é uma das versões mais engraçadas e divertidas dessa grande história dos 7 mares. Recordo-me também de uma história que eu li em uma das revistas Disney (cujo número ou título não me lembro agora!) intitulada "Robinson Crusoé da Marinha", uma versão moderna e quadrinizada, com personagens "humanos", da obra "Robinson Crusoé", de Daniel Defoe, outro grande clássico das histórias que tratam do mar. Bom, isto apenas para citar algumas dessas inúmeras aventuras já produzidas nas letras e no Cinema, e também nos quadrinhos, sobre este cenário tão encantador e ao mesmo tempo assustador e enigmático. Sabe-se hoje muito mais sobre a Lua do que sobre o mar! Abraços e quem sabe podemos continuar falando sobre o mar em outras postagens!

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    2. Caro amigo Wesley,

      Falaremos com certeza!Até porque tenho várias revistas com a temática do Mar em grande destaque.
      Pode ser que o Miguel dê "ordem" de scanning e então...cá estaremos.

      Até lá,

      um grande abraço.

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    3. Oi Redondo! Esteja á vontade! Envie o que achar melhor! Só precisa confirmar se já existe no blog ou não! A decisão do que enviar é totalmente sua :)
      Abraços

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  12. Wesley10/5/12

    Gostaria de deixar uma sugestão aos amigos que realizam o ótimo trabalho de restauro e compartilhamento: seria interessante se conseguissem reunir em um só volume as versões quadrinizadas dos clássicos que eu mencionei acima ("20.000 Léguas Submarinas" e "Robinson Crusoé da Marinha"), podendo também ser incluída a paródia que Mickey e Pateta fazem do primeiro título. Que lhes parece?

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    1. Oi Wesley! Infelizmente nem sempre é possível postar esses clássicos pk não tenho acesso às revistas onde foram publicadas essas histórias mas...em relação ao Robinson Crusoé da Marinha penso tratar-se de uma história que pode encontrar aqui http://quadradinhospatopolis.blogspot.pt/2012/03/tio-patinhas-37.html

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    2. Wesley11/5/12

      Oi, Miguel, compreendo que nem sempre é fácil obter-se a versão impressa original para o escaneamento dessas histórias. Algumas das que eu citei, no entanto, estão em Disney Especial 103 intitulada "Aventuras no Fundo do Mar" que, salvo engano, consta na sua lista de restauros. Quanto à história "Robinson Crusoé da Marinha", muito obrigado pela dica, irei procurá-la nos arquivos do blog! Acredito que li essa história numa republicação feita em um "Disney Especial", mas não me recordo agora o título e número de publicação, tenho que procurar depois entre as minhas revistas. Mais uma vez agradeço pelas ótimas edições que você e os amigos têm disponibilizado neste blog. A cada dia fico encantado com as belas surpresas de revistas antigas, raras ou de grande valor estético que vem sendo publicadas. Parabéns!

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    3. Oi Wesley. É verdade que esse DE está na lista mas repare que está marcado a amarelo, ou seja trata-se de uma promessa de scan, ainda não o enviaram para o blog! Em relação á história do Robinson Crusoé não precisa procurar, basta copiar este link http://quadradinhospatopolis.blogspot.pt/2012/03/tio-patinhas-37.html
      Ou então pode procurar por Tio Patinhas 37
      []s

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    4. Wesley11/5/12

      Valeu! Irei baixar a revista e mais uma vez agradeço os esclarecimentos. Até...

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    5. Eu é que agradeço todos os fantásticos comentários com que tem enriquecido e muito o blog :)
      Bem haja...

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