Por uma razão que desconheço, o Pateta (ou "Dippy, nas histórias mais antigas) é um "expert" em roubar a cena nas capas da revista do Zé Carioca! Talvez porque, nessa época, o amigo atrapalhado e engraçadíssimo do Mickey ainda não possuísse sua própria revista. Aliás, também não entendo porque a primeira série das revistas do Pateta não fizeram muito sucesso e logo saíram de circulação, assim como as do Peninha, visto que esses personagens são talvez os mais engraçados e hilários do universo Disney. O Pateta, sobretudo em suas histórias em que contracena sozinho, é o retrato do homem moderno comum em seu dia-a-dia, a diferença é que, ao contrário de Michael Douglas que, no filme "Um dia de fúria", deixa de ser o cidadão pacato para se tornar um psicopata, o Pateta sabe lidar com a vida de forma filosófica, rindo de suas próprias trapalhadas e sandices, e nem mesmo suas limitações e ingenuidade o impedem de ser feliz, apesar de sofrer o desprezo e o maltrato de todos que só o enxergam como mais um na multidão. E não é assim com todos nós, que ora nos pulverizamos na solidão e na indiferença das multidões e nos sentimos apenas mais uma peça dessa engrenagem que move o mundo? O interessante é que nem mesmo Disney, seu criador, gostava do Pateta, que para mim é um personagem que dá um colorido todo especial às histórias, mesmo naquelas em que contracena com seu inteligente e sagaz amigo, o ratinho Mickey. Numa contradição daquelas, o camundongo sagaz e o cão atrapalhado e ingênuo formam uma feliz combinação, contrabalançando-se em temperamento e atitudes a todo momento e nos faz rir de chorar mesmo nas piores situações ao enfrentarem o Mancha-Negra, o Bafo-de-Onça e seus outros inimigos (que não sou poucos!). É o verniz cômico das histórias detetivescas, assim como acontece em Scooby Doo (da Hanna Barbera), em que o cão medroso e atrapalhado e seu amigo Salsicha (o caipira hippye e igualmente medroso, como seu cão) vivem as aventuras mais apavorantes na "Máquina do Mistério" com sua turma de jovens estudantes em busca de novas emoções. Quanto ao Peninha, adoro as histórias com este personagem, pois também embalado na onda hippye que marcava os conturbardos anos 60 (festival Woody Stock), o primo amalucado do Donald está sempre se metendo em confusões, seja contracenando com seu primo azarado na redação do jornal do Tio Patinhas, "A Patada", ora importunando o sertanejo Urtigão, que prefere a vida pacata e sossegada do campo ao burburinho e "armofadinhas" da cidade grande, ou mesmo ao lado de seu endiabrado sobrinho Biquinho, que foi uma criação da Editora Abril que rendeu muitos frutos nos quadrinhos dos anos 80 e 90. É uma pena que esta editora que marcou época com suas publicações tenha cancelado o núcleo de criação de histórias Disney, pois os frutos que ela conquistou até hoje lembram saudosamente daquela época em que o prazer de cada dia era irmos às bancas de jornal para comprarmos mais um gibi, e nos deliciarmos com toda essa magia e conhecer novos mundos, visitar antigas civilizações, rir muito das trapalhadas e das situações do homem comum e tremermos de medo com os perigos e ameaças que Mickey, Tio Patinhas e sobrinhos sofriam de seus inimigos. Bons tempos aqueles, pena que tudo que é bom, um dia acaba. Abraços saudosos neste sábado ensolarado, amigos e obrigado ao Scankarado por mais esta edição!
Amig@s, apesar do precioso apoio que o blog tem recebido no restauro de scans, a verdade é que continua a ser necessária ajuda! Se tiver experiência em Photoshop (ou outro programa de edição de imagens) e se tiver disponibilidade para alguns restauros, por favor entre em contato através do nosso email. Se não tiver experiência em restauros pode obter muitas dicas no excelente blog do Nick: http://restaurosdonick.blogspot.com.br
Muito obrigado!
Por uma razão que desconheço, o Pateta (ou "Dippy, nas histórias mais antigas) é um "expert" em roubar a cena nas capas da revista do Zé Carioca! Talvez porque, nessa época, o amigo atrapalhado e engraçadíssimo do Mickey ainda não possuísse sua própria revista. Aliás, também não entendo porque a primeira série das revistas do Pateta não fizeram muito sucesso e logo saíram de circulação, assim como as do Peninha, visto que esses personagens são talvez os mais engraçados e hilários do universo Disney. O Pateta, sobretudo em suas histórias em que contracena sozinho, é o retrato do homem moderno comum em seu dia-a-dia, a diferença é que, ao contrário de Michael Douglas que, no filme "Um dia de fúria", deixa de ser o cidadão pacato para se tornar um psicopata, o Pateta sabe lidar com a vida de forma filosófica, rindo de suas próprias trapalhadas e sandices, e nem mesmo suas limitações e ingenuidade o impedem de ser feliz, apesar de sofrer o desprezo e o maltrato de todos que só o enxergam como mais um na multidão. E não é assim com todos nós, que ora nos pulverizamos na solidão e na indiferença das multidões e nos sentimos apenas mais uma peça dessa engrenagem que move o mundo? O interessante é que nem mesmo Disney, seu criador, gostava do Pateta, que para mim é um personagem que dá um colorido todo especial às histórias, mesmo naquelas em que contracena com seu inteligente e sagaz amigo, o ratinho Mickey. Numa contradição daquelas, o camundongo sagaz e o cão atrapalhado e ingênuo formam uma feliz combinação, contrabalançando-se em temperamento e atitudes a todo momento e nos faz rir de chorar mesmo nas piores situações ao enfrentarem o Mancha-Negra, o Bafo-de-Onça e seus outros inimigos (que não sou poucos!). É o verniz cômico das histórias detetivescas, assim como acontece em Scooby Doo (da Hanna Barbera), em que o cão medroso e atrapalhado e seu amigo Salsicha (o caipira hippye e igualmente medroso, como seu cão) vivem as aventuras mais apavorantes na "Máquina do Mistério" com sua turma de jovens estudantes em busca de novas emoções. Quanto ao Peninha, adoro as histórias com este personagem, pois também embalado na onda hippye que marcava os conturbardos anos 60 (festival Woody Stock), o primo amalucado do Donald está sempre se metendo em confusões, seja contracenando com seu primo azarado na redação do jornal do Tio Patinhas, "A Patada", ora importunando o sertanejo Urtigão, que prefere a vida pacata e sossegada do campo ao burburinho e "armofadinhas" da cidade grande, ou mesmo ao lado de seu endiabrado sobrinho Biquinho, que foi uma criação da Editora Abril que rendeu muitos frutos nos quadrinhos dos anos 80 e 90. É uma pena que esta editora que marcou época com suas publicações tenha cancelado o núcleo de criação de histórias Disney, pois os frutos que ela conquistou até hoje lembram saudosamente daquela época em que o prazer de cada dia era irmos às bancas de jornal para comprarmos mais um gibi, e nos deliciarmos com toda essa magia e conhecer novos mundos, visitar antigas civilizações, rir muito das trapalhadas e das situações do homem comum e tremermos de medo com os perigos e ameaças que Mickey, Tio Patinhas e sobrinhos sofriam de seus inimigos. Bons tempos aqueles, pena que tudo que é bom, um dia acaba. Abraços saudosos neste sábado ensolarado, amigos e obrigado ao Scankarado por mais esta edição!
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